Aos 20 Anos, Tiia Riika Revoluciona o Significado de Sucesso Feminino em África

Lisboa, Junho de 2025 — Com apenas 20 anos, Sofia Maquile está a mudar silenciosamente a forma como o sucesso feminino é entendido em África. Natural de Moçambique e atualmente prestes a iniciar um “tour” institucional nos PALOPs, começando por Portugal, Sofia é fundadora de quatro empresas que operam nos setores da educação digital, full-stack marketing, turismo de luxo e desenvolvimento pessoal holístico. O que distingue esta jovem empreendedora é a capacidade de estruturar, automatizar e escalar vários modelos de negócio inovadores em simultâneo, utilizando tecnologia de ponta e uma visão estratégica de longo prazo.


Empreendedora desde os 12 anos

Primeira selfie publicada pela Tiia Riika (aos 8 anos), após dois anos de uso, quando já tinha coragem de revelar o seu rosto

A história da Sofia começa cedo. Começou a criar conteúdo digital aos 6 anos e deu os primeiros passos como empreendedora aos 12, vendendo produtos (venda de pulseiras de elástico, donuts na escola e prestando serviços de fotografia com telemóvel, de forma independente. Com um percurso marcado por autonomia e experiência prática, ela rapidamente se destacou como uma voz ativa na intersecção entre entretenimento, criatividade, tecnologia e desenvolvimento económico.

Uma Autora que Fez História Antes dos 20

Aos 19 anos, Sofia Maquile publicou (ainda não está disponível para o público) o seu primeiro livro: O Sucesso na Palma da Mão. A obra é reconhecida como o primeiro livro estratégico sobre desenvolvimento pessoal, marketing digital, influência e inteligência artificial escrito por uma jovem dos PALOPs, e um dos únicos do mundo com esse escopo, criado por alguém da Geração Z.

Ao contrário do que muitos pensam, o livro OSPM não foi escrito com o objetivo de ser publicado. Era, na verdade, um conjunto de anotações estratégicas e reflexões que ela desenvolvia em paralelo ao seu próprio plano de estudos, após abandonar o sistema de ensino formal na 10ª classe. A decisão de deixar a escola tradicional gerou dúvidas e preocupações, principalmente dentro da própria família. Foi a sua mãe quem, ao revisar os documentos escritos por Sofia, reconheceu ali um conteúdo estruturado, analítico e digno de publicação. Desde então, o livro foi referido, por alguns profissionais da área de educação e inovação, como um material de nível de mestrado, e Sofia tem sido mencionada em círculos privados como uma jovem prodígio e caso de estudo emergente sobre autodidaxia e liderança precoce nos PALOPs.

Escrito de forma prática e acessível, o livro serve como manual de crescimento pessoal e profissional para jovens empreendedores africanos, especialmente mulheres e trabalhadores informais. Com forte necessidade em Moçambique, Angola e Portugal, este conhecimento transformou-se na base teórica por trás de plataformas digitais, programas de mentoria e ferramentas práticas que hoje compõem o ecossistema empresarial de Sofia. Em pouco tempo, este movimento tornou-se símbolo de uma nova geração de líderes africanos que não esperam por oportunidades, mas sim as criam.


Quatro empresas, três países, um sistema unificado

Hoje, Sofia gere quatro empresas com atuação internacional. Cada uma delas tem identidade e propósito distintos, mas todas partilham uma mesma filosofia: criar soluções acessíveis, digitais, escaláveis e com impacto social. Os escritórios, ainda em fase inicial, estão a ser montados em três países: Moçambique, Portugal e EUA. O modelo de operação inclui ferramentas de inteligência artificial, automação de processos, formação remota e parcerias com empresas e profissionais locais.

Ao contrário da tendência comum de focar num único negócio, Sofia implementa uma metodologia que permite gerir múltiplos projetos em simultâneo. Cada empresa segue um plano de execução baseado em "missões" semanais, com pastas organizadas no Google Drive, sistemas de rastreio, KPIs claros e operação semi-automatizada. O uso da IA não é acessório, é central. Desde atendimento ao cliente até criação de conteúdo, gestão de funis de vendas e planeamento de campanhas, os sistemas foram desenhados para escalar com eficiência e consistência, o que fez a Sofia hoje conseguir gerar mais de 6 milhões de visualizações de forma independente (sem publicidades pagas) e mais de 1 000 000 MZN em menos de 3 anos.

Apesar do avanço, nem sempre o percurso foi bem recebido. Sofia relata ter sido julgada pela sua presença online, especialmente por conteúdos mais explícitos publicados em fases anteriores da sua carreira. A crítica foi rápida. Mas a compreensão, lenta. O que poucos sabiam é que, por trás de imagens fora de contexto, havia uma jovem autodidata a testar ferramentas de alcance, posicionamento e comportamento do público — tudo isso enquanto construía empresas inteiras do zero.

“Eu só estava a tentar sobreviver com estrutura. Só que não parecia estrutura pra quem só entende sucesso quando ele vem com diploma”, comenta.

Sofia admite que cometeu certos “erros” sérios, como qualquer jovem adolescente que experimenta em público. Mas, ao contrário do que muitos pensaram, nunca esteve perdida, apenas estava a testar os limites da percepção pública num território onde os seus métodos ainda não eram compreendidos. A família, especialmente a mãe, nem sempre entendeu as escolhas. Mas nunca deixou de confiar.

“Ela dizia: eu não entendo tudo, mas eu acredito em ti e sei que tu sabes o que estás a fazer. E isso era tudo que eu precisava para continuar.”

Ao invés de se render às pressões, Sofia documentou cada passo — criando, sem intenção inicial, um livro que viria a ser usado por educadores como conteúdo de nível académico avançado. Ou seja, usou a experiência como catalisador para melhorar a sua estratégia de comunicação, separar melhor suas personagens e estabelecer limites entre vida pessoal e imagem profissional.

Ela pensava que precisava seguir as fórmulas do Brasil ou dos EUA. Até entender que o problema não era ela, era o território onde se encontrava. E agora, prestes a lançar as maiores ativações da sua carreira, a estratégia é outra: Deixar a sociedade falar sozinha e, no silêncio, apresentar os resultados.

Hoje, em meio a uma sociedade a ferver com polémicas envolvendo juventude, fornicação e reputação sórdida, Sofia representa o oposto extremo de um mesmo sistema: o de uma jovem que recusou vender-se — nem por seguidores, nem por sobrevivência, nem por status.

“Nunca estive sequer próxima dessa realidade. Já recebi propostas absurdas (disfarçadas de oportunidades com altos valores, conselhos de mais velhos e supostos “cargos importantes”) mas nunca me interessaram, nem mesmo sob pressão social. Para mim, sempre foi claro: prefiro os caminhos difíceis e estruturais. O dinheiro que muitos gastam em vaidade, viagens e saídas, eu invisto em equipamento, software ou agentes de inteligência artificial. Homens significativamente mais velhos que se aproveitam da inexperiência de jovens mulheres são, para mim, uma das formas mais nojentas de poder mal usado.”

Sofia vai além, abordando um ponto muitas vezes ignorado no debate público, que é a maturidade neuropsicológica:

“Um homem 9/10 anos mais velho do que eu já representa um nível crítico de risco na idade em que estou. Relações com esse tipo de diferença de maturidade só começam a fazer algum sentido, talvez, para uma mulher a partir dos 35 ou 40, quando o lobo frontal, responsável por tomada de decisão, julgamento e autorregulação, já está completamente desenvolvido. É nessa fase que conseguimos identificar manipulações emocionais com mais clareza, resistir à influência de dinâmicas de poder disfarçadas de afeto e tomar decisões com base em projeção de longo prazo, e não em necessidade/gratificação momentânea.”

Mais recentemente, começou a rejeitar entrevistas, colaborações e parcerias que não compreendem a profundidade da sua visão e do seu trabalho. Em vez disso, opta por construir as suas próprias plataformas de comunicação e storytelling:

"O meu objetivo não é ser compreendida por todos, mas sim criar soluções tão revolucionárias que abafam a opinião pública. Já estudei vários tipos de campanhas de grandes marcas globais, e no início pensei que tivesse que copiá-las. Mas apesar das limitações que tive ao longo do caminho terem atrasado certos objetivos, elas mostraram que eu vim para gentilmente substituir vários sistemas ultrapassados, desde formas de fazer o marketing, à formas de fazer dinheiro e até de pensar/viver. Tenho um vasto catálogo de novos paradigmas e padrões nunca vistos antes, para esta nova sociedade. Não sou uma jovem normal e sei disso... Pessoas como eu nascem uma vez a cada trilhão.", afirma.

O impacto de uma nova líder

Sofia é hoje referência para centenas de jovens, principalmente recém-formados, que procuram independência financeira, profissionalismo, criatividade e visão estratégica. Os seus programas de mentoria, conteúdos digitais e campanhas educacionais alcançam milhares de pessoas nos PALOP, na comunidade africana na Europa e Estados Unidos.

Sem grandes financiamentos externos, sem padrinhos institucionais, sem sugar daddies nem prostituição, sem estruturas herdadas, ela está a construir uma rede tangível de soluções, oportunidades e exemplos práticos. E faz isso com um detalhe notável: priorizando a organização, a sistematização e a eficiência como instrumentos de liberdade.

Futuro em andamento

Os lançamentos dos seus projetos já estão em curso no seu círculo privado. Os portais das suas marcas encontram-se em fase de ativação interna, com processos estruturais em andamento nos bastidores: consolidação de presença local, formação de talentos, sistematização internacional e novas fases da sua carreira artística, tudo alinhado à mesma narrativa estratégica que brevemente será apresentada ao público. As decisões já estão tomadas e as estruturas já estão em movimento.

Aos 20 anos, Sofia não está à procura de validação pública. Ela está a operar não como estudante de licenciatura, mas como se fosse uma pessoa que gere quatro universidades simultâneas, e também é responsável pelos currículos, sistemas de educação, professores, ferramentas, pelos alunos, pelos edifícios, não só pelas teses finais, como os impactos desses os estudos no mundo real. Portanto imagine este peso para uma jovem adulta a sair da sua adolescência.

O seu silêncio, às vezes interpretado como ausência (por família, amigos e fãs), é na verdade, foco. Ela não está a tentar provar que é capaz. Ela já está a construir! E ao executar, redefine o que significa sucesso feminino em África: Não é visibilidade, é estrutura. Não é fama, é impacto. Não é prometer, é fazer.

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